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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Facebullying: o assédio no trabalho chegou às redes sociais

Fazia quase dez anos que o gerente Marcelo da Silva Fraga trabalhava na empresa de seguros SulAmérica, em Porto Alegre, quando começou a receber mensagens anônimas ofensivas, com palavrões, em seu e-mail corporativo. “Fiquei sabendo da festa dos anos 70, e que você estava bem viadinho (sic), com uma piruca (sic) muito ridícula”, dizia uma delas. Marcelo foi até a direção da empresa e contou sobre as mensagens, que rapidamente se espalharam pela caixa postal de colegas de trabalho. Com o apoio da SulAmérica, ele conseguiu judicialmente que o provedor de internet rastreasse a conta-fantasma. Ela fora criada num computador da própria empresa, no Departamento de Informática. O usuário, que estava de férias, negou ter criado a conta. Qualquer um poderia ter sentado em sua mesa durante sua ausência.
Dias depois, Marcelo recebeu pelo correio um envelope amarelo, com seu nome como destinatário e sem remetente. Dentro, havia um pó branco. Imediatamente Marcelo levou o envelope para uma delegacia e pediu a análise. Segundo seu advogado, o pó foi identificado como cocaína. “Estavam armando contra ele”, afirma Marco Túlio de Rose, advogado de Marcelo. Mais uns dias se passaram, e Marcelo recebeu a notícia de que fora chamado pelo Departamento de Recursos Humanos. A caminho de lá, viu um grupo de outros gerentes e diretores fazendo uma festa.
A comemoração tinha balões e serpentina. Testemunhas disseram depois que a festa fora organizada para “comemorar a vitória dos que queriam o afastamento de Marcelo” e que “pessoas ligadas à diretoria participaram”. As testemunhas foram ouvidas durante o processo que Marcelo abriu na Justiça contra a SulAmérica, alegando ter sofrido assédio moral. Ele ganhou uma indenização de R$ 20 mil por dano moral. A relatora do processo considerou que a “empresa não tomou as medidas adequadas para punir o infrator” e que a festa, organizada por diretores, ofendeu a honra de Marcelo. Nunca ficou provado quem criou a conta falsa de e-mail nem quem enviou o envelope.


Essa seria apenas mais uma história de assédio moral corporativo, não fosse um detalhe: o uso do e-mail como forma de atingir a vítima. O assédio moral virtual é a evolução das piadas ofensivas de colegas e chefes abusivos que sempre existiram. Fazer fofoca e futricas é tão antigo quanto a humanidade. As habilidades de falar mal dos outros e criar situações humilhantes dentro do ambiente de trabalho apareceram já nas pequenas oficinas da Idade Média. No mundo moderno, tais atos ganharam um nome (assédio moral) e passaram a ser punidos na Justiça. Agora, as conversas maldosas deixaram a salinha do café, os corredores escuros e ganharam visibilidade: estão na internet – onde todo mundo pode ver.







quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Afinal, o e-mail marketing vai acabar?


Especialistas derrubam teorias que põem em dúvida a efetividade da ferramenta

Algumas teorias põem em dúvida o prazo de vida do e-mail Marketing. Será que ele vai acabar? Os dados de empresas especializadas no assunto como Virid e Dinamize, entretanto, desmentem as previsões e mostram um crescimento exponencial da ferramenta. Por ano, este tipo de ação de Marketing cresce cerca de 150% e atinge os consumidores em estratégias de Relacionamento e Promoção.

As empresas investem cada vez mais em ações com esse formato, como nos casos da Wine e da Lopes, que trabalham desta forma para se aproximar de seus consumidores. As marcas destinam parte do faturamento à utilização da plataforma e não acreditam na sua extinção. Um dos motivos para o crescimento do e-mail Marketing é o fato de que a maior parte da população está conectada por conta do barateamento da banda larga e do aumento do número de smartphones.

A previsão é que nos próximos três anos esta e outras ferramentas expandam ainda mais a presença na internet “É preciso acabar com a ideia de que para uma mídia existir outra tem que sumir. O Google, o e-mail Marketing, o chat corporativo, tudo isso vai crescer”, diz Jonatas Abbotti, Diretor Executivo da Dinamize, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Informal x Formal

De forma geral uma empresa brasileira de médio porte que atua neste mercado envia cerca de 200 milhões de e-mails por mês. O número é alto, mas tem pouco destaque quando comparado a empresas norte-americanas que chegam a enviar oito bilhões. A ferramenta é utilizada pelas marcas de maneira pró-ativa, visando ampliar o relacionamento e fazendo promoções.

As teorias que envolvem o fim do e-mail Marketing estão diretamente relacionadas às mídias sociais, que são mais informais e disseminam as informações com mais rapidez. Contudo, os especialistas afirmam que o e-mail tem características únicas e funciona com a identidade do consumidor na internet. O principal uso é para trabalho e até para entrar em uma rede social é preciso dar seu endereço eletrônico para cadastro. “As marcas já descobriram que as pessoas não ficam no Facebook o tempo todo, mas a caixa postal está sempre aberta”, afirma Jonatas.

O e-mail agrega valor às redes sociais que, por sua vez, aumentam o consumo de e-mail Marketing. As ferramentas se somam e ampliam o número de contatos. “Tudo o que dizem está relacionado à conversa informal de e-mail. Estas sim perderão espaço para as redes sociais pela rapidez e informalidade. Na minha visão, é muito difícil o e-mail marketing acabar pelo potencial que representa para as empresas e por não encontrar outra ferramenta que o substitua”, diz Walter Sabini Junior, CEO da Virid, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Outra característica marcante do e-mail Marketing é o fato de ser uma forma de comunicação barata. O custo para enviar um milhão de e-mails é baixo e a eficiência grande. Esse também é um dos motivos para o crescimento. Já a má fama do e-mail Marketing está atribuída ao mau uso feito por algumas empresas e aos spans. Quando bem trabalhado, o canal é relevante.

Porta a porta online

Um exemplo de marca que investe no setor é a Wine, que vende seus produtos exclusivamente pela internet e utiliza o e-mail Marketing como ferramenta principal de relacionamento com o consumidor. A marca classifica a iniciativa como um “porta a porta online” que já conta com 35 mil endereços eletrônicos cadastrados. “Das pessoas que recebem o e-mail, 70% compram no site. A taxa de conversão media* é de 6% e em dezembro chegou a 20%”, diz Aloisio Sotero, Diretor de Marketing da Wine, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Outro exemplo são os sites de compras coletivas que investem fortemente nesta ferramenta. Os consumidores se interessam em receber as promoções, mesmo que não comprem. A classe C, por exemplo, vê no e-mail Marketing uma forma de acompanhar as novidades de maneira cômoda. Este segmento pode ficar seis meses sem comprar, mas se mantém informado sobre preço e produto. 

“Nem todos os sites de compras coletivas é que não vão durar muito. Há 10 anos, os sites de leilão eram febres e hoje não temos nenhum. Nem o Mercado Livre pode ser considerado um deles, é de compras”, afirma Marcelo Sant'Iago, consultor da VIRID Interatividade Digital, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Cuidados para não errar

A Lopes também investe na ferramenta e não acredita na extinção do e-mail Marketing. A decisão de utilizar o e-mail Marketing ocorreu por ser um canal rápido de comunicação com os clientes para garantir que ficassem sabendo sobre o início da venda de um produto. “Também queríamos enriquecer o relacionamento e esta ferramenta cobre a deficiência de comunicação, já que o consumidor pode retornar o e-mail com alguma dúvida”, diz Arthur Sindoni, Gerente Executivo de Gestão de Clientes e Gestão de Processos de Negócios da Lopes, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O retorno em vendas é positivo. Cerca de 6% do faturamento é gerado a partir do e-mail Marketing. Mas é preciso certas precauções para não prestar um desserviço. A empresa toma o cuidado em não mandar mais do que um e-mail por semana para os clientes. “São cerca de três milhões por mês, sendo que cada endereço recebe apenas dois durante o período”, diz Sindoni.

*A taxa de conversão é o cálculo do número de pedidos finalizados dividido pelo número de visitantes de um mesmo período. Essa taxa é de extrema importância, pois através dela pode-se planejar objetivos e estabelecer metas baseadas em um número mais concreto e realista.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Educar o cliente: o desafio para quem trabalha com marketing digital em pequenas e médias empresas

Quem trabalha com marketing digital (e acredito que marketing digital é marketing em geral) em pequenos mercados como aqui em Aracaju, por exemplo, sente diariamente a dificuldade de fazer o cliente entender a importância do investimento na internet e de que a velocidade com que trocamos informações na internet não é necessariamente a mesma do crescimento de sua estratégia web, sobretudo quando esse o negócio desse cliente é pequeno ou médio. E o que fazer diante disso?
Existem várias posturasobs que os profissionais, sejam freelancers ou trabalhadores em agências, têm diante dessa questão. Quase todos reclamam, muitos quando podem escolhem os “melhores” clientes, alguns baixam os preços de seus serviços (isso quase nunca dá certo), outros posam de gurus e prometem um paraíso inalcançável e uns poucos buscam educar o cliente – e isso é o que precisamos.
O cliente entende de sua área de atuação ao passo que nós entendemos da nossa. Ainda que isso pareça óbvio, uma grande parcela dos empreendedores acreditam que eles sabem fazer marketing na internet e só não fazem por que não tem tempo ou e/ou não dá resultado. Assim, esse cliente acaba indo atrás de um “sobrinho” ou querendo pagar pouco pelo seu trabalho. Esse é o principal caso de um cliente que precisa ser “educado”.
Educar um cliente é ter uma relação direta e transparente com ele, onde cada um dentro de sua área de conhecimento/atuação ira ajudar o outro a construir uma estratégia de comunicação efetiva na internet. Isso pressupõe um profissional que fuja da tentação de posar de guru ou que aceite cegamente as sugestões do cliente, mesmo que elas sejam ruins.
Essa relação profissional é mais difícil, pois fará você sair de sua zona de conforto, mas os benefícios são maiores, pois os resultados de suas ações serão melhores (lembra que o cliente é quem sabe de sua área) e no médio prazo possíveis exigências absurdas não virão mais. Além disso, o mercado como um todo ganha com isso, pois se cria uma cultura de transparência, preço justo e colaboração.
E você, já tentou educar seu cliente? Conte sua experiência nos comentário!
Por mike gabriel almeida lopes - http://blogmidia8.com