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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Um novo momento para o mercado: marketing político


Todos os anos e meses que antecedem as eleições, novos postos de trabalho são abertos em torno das campanhas e partidos políticos. Essa movimentação, em especial nas campanhas municipais de 2012, desperta novos horizontes para os profissionais de marketing, publicidade e relacionamento digital. Embora o marketing político digital não seja algo novo, ainda é uma área que não tem grandes destaques e grande aceitação da população.
O perfil do profissional de marketing político tem mudado. No início os responsáveis pelas campanhas – os famosos marketeiros – selecionavam simpatizantes dos partidos que detinham algum conhecimento de propaganda para auxiliar nas plataformas eleitorais. Com a ascensão das plataformas digitais, amplo  acesso às tecnologias sociais, a abertura cada vez maior para diálogos e informações surgiu a necessidade de recrutar profissionais que sabem direcionar o diálogo de um partido ou candidato para o bom resultado nas urnas.
O sociólogo Sérgio Amadeu da Silveira, pesquisador de política e membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil, afirmou em entrevista ao portal UOL que ”as redes sociais podem ser ‘fulminantes’ na campanha política, porque notícias e denúncias podem tomar proporções muito maiores com a repercussão na internet.”
Diante dessa nova realidade a figura do marketeiro deu lugar ao estrategista da campanha online e o ideal é que as equipes se tornem cada vez mais profissionais. Por isso existe hoje a necessidade de profissionais com capacitação e conhecimentos de comunicação digital e de política, com todas as suas nuances – coisa rara de se encontrar.
Numa campanha política bem feita – num cenário que eu acredito ser utópico – com a união do on e off-line, todos ganham. A sociedade tem acesso ao candidato e pode sabatinar, ele a sua equipe, para obter respostas, conhecer seus valores e sua proposta. O partido e o candidato ganham ao se aproximar das mais diversas pessoas e públicos para expor o que tem de melhor, conhecer realidades distantes das pesquisas e até esclarecer qualquer dúvida que possa ser levantada pela oposição.
Tudo isso só é possível com a junção de alguns fatores: bons profissionais, bons políticos e boas práticas. Quando falo de boas práticas não estou falando de ideologia, mas sim de práticas e técnicas que os profissionais de marketing já aprenderam – ou deveriam – na faculdade.
Por exemplo: a estruturação da demanda de conteúdos por tema, de acordo com a análise de buscas e monitoramento de termos relacionados à campanha. Ferramentas de monitoramento e análise podem ser usadas para estudo de propostas e aceitação dos concorrentes. O uso do meio digital vai além de ser uma vitrine. É possível obter insumos para gerar insights de governo, conversas e ações para o partido, candidato e, principalmente, para a sociedade.
Temos um mercado em potencial e é positivo que nos capacitemos para atender essa demanda. Segundo a equipe da Presença Online, empresa de marketing digital que presta consultoria e ministra cursos de comunicação digital necessita de uma equipe bem estruturada de profissionais para uma campanha política. São 3 perfis básicos: o estrategista, um coordenador e os analistas.
O estrategista é o responsável por todo o planejamento da campanha, pela integração on/off e por todas as entregas da equipe. O coordenador responde pela operação e execução da rotina de campanha e os analistas devem ter foco em relacionamento nas redes, conteúdo ou monitoramento. Estrutura semelhante a das agências digitais, não é?
Participei recentemente de um curso de marketing político e reforço minha afirmação: o mercado necessita de profissionais com capacitação e conhecimentos de comunicação digital e de política. Aliar essas duas áreas de conhecimento é um bom começo para ter campanhas digitais mais eficazes e bem aceitas.
Nada desse texto é uma verdade absoluta, apenas uma opinião com observação do mercado. Quero abrir o diálogo para falar das campanhas que vemos hoje na internet e saber se você acredita nesse mercado e acredita que vale a pena se capacitar para atender essa demanda, mesmo que sazonal? Vamos conversar nos comentários sobre o cenário exposto?