Pesquisar este blog

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Só 55% dos anunciantes estão satisfeitos com o Twitter

Embora o Twitter tenha atraído muitas marcas ao longo dos anos, a rede de microblogs não é o destino mais satisfatório para o dinheiro dos anunciantes, de acordo com uma pesquisa da Forrester Research.

Sessenta porcento dos anunciantes entrevistados pela consultoria estão presentes no Twitter. A Forrester ouviu gente nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido e descobriu que o percentual deixa a rede à frente de Linkedin e YouTube, perdendo apenas para o Facebook.

Só que apenas 55% dos que apostam na plataforma estão satisfeitos com os resultados obtidos, conforme noticiado pelo Mashable. Gastar com Linkedin, Google+ e YouTube parece mais vantajoso.

Pagar por avaliações e resenhas positivas, presença em comunidades (ou fóruns) e até para que alguém responda questões de clientes nos comentários do Facebook trazem mais satisfação aos consumidores.
Curiosamente os 55% obtidos com o Twitter são superiores a várias opções do Facebook: postagem em páginas da marca (55%), promoção de postagens (53%), criação de abas ou apps sobre a página (51%) e pagamento por publicidade, efetivamente (51%).

Como funciona o setor paralelo de legendas na internet


Doze horas após sua transmissão nos Estados Unidos, o episódio final do seriado "Breaking Bad" foi baixado por mais de 500 mil pessoas em todo o mundo, e 24 horas foi o tempo que o capítulo derradeiro da terceira temporada de "Game of Thrones" precisou para ir mais longe: 1 milhão de downloads. Os brasileiros marcaram presença nas duas situações, mas em nenhuma delas se destacaram, talvez porque poucos entenderiam os diálogos.

Nos cinco países que baixaram mais depressa o fim de Breaking Bad as pessoas falam inglês, o que pode explicar por que a Austrália está na ponta, e não a Índia ou o próprio Brasil. Por aqui é necessário esperar até que os paladinos das legendas entrem em ação.
Cerca de 100 pessoas atuam no InSUBs, um dos principais coletivos de legendagem alternativa do Brasil. Eles se organizam de tal forma que, em menos de um dia, conseguem traduzir (cerca de 3 horas), revisar (6 horas) e publicar um episódio de 40 minutos.

"Três dias antes de o episódio ir ao ar na TV americana o revisor abre a chamada para tradução. Quem quiser e puder cumprir o prazo estipulado pelo revisor dá o nome", contou um dos membros ao Olhar Digital. "No dia após a exibição do episódio pegamos o closed caption (legenda em inglês) e fazemos a tradução das falas. Todas as partes traduzidas vão para o revisor e ele fica encarregado de fazer os ajustes necessários na legenda. Depois disso, a legenda é postada."

Nada disso é crime, conforme explicado pelo advogado especialista em propriedade intelectual Raphael Lemos Maia. Segundo ele, se a legenda for disponibilizada gratuitamente e não estiver acoplada a um vídeo pirata, ela é uma simples tradução textual.

Ninguém do InSUBs recebe pelo que faz; trata-se de um hobby, embora alguns legenders também atuem profissionalmente. E se a dupla jornada não é estranha, migrar de vez da cena alternativa para a formal é outra coisa aceitável, de acordo com Marcelo Leite, diretor de qualidade da Drei Marc - empresa especializada em legendas e traduções de filmes, que tem seriados como "House" em seu portfólio. Só que, de 50 candidatos, apenas um passa no processo de seleção. "Eles conhecem muito bem a série e o inglês, mas no português deixam muito a desejar."

Nenhum dos lados exige formação acadêmica de quem se interessa pelo ramo. Para entrar no InSUBs é preciso "ter um bom conhecimento de inglês e português e tempo livre", que é a simplificação do que a Drei Marc requere; lá a formação cultural, alguma especialização e até a idade são levados em conta. Não é qualquer um que entende todas as tiradas e os termos ditos pelo Dr. House, por exemplo.

A principal diferença entre os dois lados está na abordagem: enquanto o foco dos legenders é a rapidez, o do mercado é a qualidade. Mas há quem prefira a legenda alternativa, já que o texto geralmente é mais parecido com o falado pelo telespectador - afinal, nenhum legender vai traduzir policial para "tira". A Drei Marc tem consciência disso, mas enxerga a situação como algo natural. "Como o cara não tem formação, ele escreve como fala. Ele quer rapidez, busca o entendimento", comenta Marcelo, que não vê problemas na duplicidade: "Não tem preconceito nenhum."