Todos os anos e meses que antecedem as eleições, novos postos de
trabalho são abertos em torno das campanhas e partidos políticos. Essa
movimentação, em especial nas campanhas municipais de 2012, desperta novos
horizontes para os profissionais de marketing, publicidade e relacionamento digital. Embora o marketing político
digital não seja algo novo, ainda
é uma área que não tem grandes destaques e grande aceitação da população.
O sociólogo Sérgio Amadeu da Silveira, pesquisador de
política e membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil, afirmou em entrevista
ao portal UOL que ”as redes
sociais podem ser ‘fulminantes’ na campanha política, porque
notícias e denúncias podem tomar
proporções muito maiores com a repercussão na internet.”
Diante dessa nova realidade a figura do marketeiro deu lugar ao
estrategista da campanha online e o ideal é que as equipes se tornem cada vez
mais profissionais. Por isso existe hoje a necessidade de profissionais com
capacitação e conhecimentos de comunicação digital e de política, com todas as
suas nuances – coisa rara de se encontrar.
Numa campanha política bem feita – num cenário que eu acredito
ser utópico – com a união do on e off-line, todos ganham. A sociedade tem
acesso ao candidato e pode sabatinar, ele a sua equipe, para obter respostas,
conhecer seus valores e sua proposta. O partido e o candidato ganham ao se
aproximar das mais diversas pessoas e públicos para expor o que tem de melhor,
conhecer realidades distantes das pesquisas e até esclarecer qualquer dúvida
que possa ser levantada pela oposição.
Tudo isso só é possível com a junção de alguns fatores: bons
profissionais, bons políticos e boas práticas. Quando falo de boas
práticas não estou falando de ideologia, mas sim de práticas e técnicas que os
profissionais de marketing já aprenderam – ou deveriam – na faculdade.
Por exemplo: a estruturação da demanda de conteúdos por tema, de
acordo com a análise de buscas e monitoramento de termos relacionados à
campanha. Ferramentas de monitoramento e análise podem ser usadas para estudo de
propostas e aceitação dos concorrentes. O uso do meio digital vai
além de ser uma vitrine. É possível obter insumos para gerar insights de
governo, conversas e ações para o partido, candidato e, principalmente, para a
sociedade.
Temos um mercado em potencial e é positivo que nos capacitemos
para atender essa demanda. Segundo a equipe da Presença
Online, empresa de marketing digital que presta consultoria e ministra
cursos de comunicação digital necessita de uma equipe bem estruturada de
profissionais para uma campanha política. São 3 perfis básicos: o estrategista,
um coordenador e os analistas.
O estrategista é o responsável por todo o planejamento da campanha, pela integração on/off e
por todas as entregas da equipe. O coordenador responde pela operação e
execução da rotina de campanha e os analistas devem ter foco em relacionamento nas redes, conteúdo ou monitoramento.
Estrutura semelhante a das agências digitais, não é?
Participei recentemente de um curso de marketing político e
reforço minha afirmação: o mercado necessita de profissionais com capacitação e
conhecimentos de comunicação digital e
de política. Aliar essas duas áreas de
conhecimento é um bom começo para ter campanhas digitais mais eficazes e bem
aceitas.
Nada desse texto é uma verdade absoluta, apenas uma opinião com
observação do mercado. Quero abrir o diálogo para falar das campanhas que vemos
hoje na internet e saber se você acredita nesse mercado e acredita que vale a
pena se capacitar para atender essa demanda, mesmo que sazonal? Vamos conversar
nos comentários sobre o cenário exposto?
Fonte: http://blogmidia8.com/
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