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domingo, 15 de maio de 2016

Largar estereótipos e focar em estilo de vida é urgente na segmentação

Classificação tradicional por classe social, renda, gênero e idade já não retrata a sociedade. Divisão precisa considerar estilos de vida para ações precisas


Os profissionais de Marketing estão sempre atentos aos comportamentos do consumidor para considerarem os diversos hábitos e perfis em suas ações. Apesar do empenho e das pesquisas realizadas com frequência, muitas empresas ainda estão presas a conceitos antigos, influenciados por uma época em que os pensamentos eram voltados para o produto. Hoje, as fronteiras entre os grupos que têm interesses em comum é menos nítida e ganha novos contornos, o que exige uma reformulação na abordagem da área.
Você já sabe ou deveria saber: separar as pessoas em classes sociais, gêneros, idades e regiões de moradia já não é mais suficiente. Essas caixas pouco dizem, atualmente, sobre grande parte delas. A mudança e a necessidade de largar os estereótipos ficam claras no termo jovem, que deixou de ser substantivo para se tornar adjetivo – qualquer um pode se ver e ser considerado como um indivíduo jovem. As companhias precisam mudar a lente para lançar um novo olhar sobre as pessoas.
Os consumidores tem mais poder de escolha e buscam a individualização. Os bens são por natureza neutros, mas o seu uso tem a capacidade de impor barreiras ou construir pontes. “Um dos desafios do Marketing é segmentar o mercado. Em vez de pensar em bases tradicionais, como gênero, classe, renda e idade, devemos considerar os estilos de vida. Hoje, a gente vive um shopping center de estilos, que são trocados de acordo com as circunstâncias. Além disso, existem diferentes estilos de vida dentro de uma mesma classe social, por exemplo”, analisa Hilaine Yaccoub, Antropóloga do Consumo que palestrou no Circuito Mundo do Marketing de Tendências e Oportunidades para Inovar.
Mobilidade social
Os profissionais que não renovam o olhar correm o sério risco de permanecerem presos a estereótipos. Nas últimas duas décadas, ocorreu uma quebra de paradigma em relação às classes sociais, por exemplo. Se antes as pesquisas avaliavam o grau econômico de uma família pelos bens que possuíam, agora esse parâmetro passa a ser questionado. Equipamentos considerados na metodologia antiga, como televisão, máquina de lavar e carro, já são facilmente encontrados em diferentes casas - sejam ricas ou não.

Essa transformação precisa ser acompanhada pelos profissionais de Marketing com olhar aguçado, para que o produto a ser ofertado não deixe de fora potenciais clientes. “Classe social não se mede por renda, nem por posse de produto ou escolaridade e, sim, por lógica de pensamento. As agências precisam avaliar como as pessoas pensam, praticam o consumo e o que as faz comprar dentro da hierarquia de valor que estabelecem. O que houve, no Brasil, foi uma mobilidade social dentro das classes”, afirma Hilaine Yaccoub.
Tal comportamento pode ser novamente transformado pelas próximas gerações, caso elas também alterem as formas de pensar os gastos e como o consumo as impacta. “É importante estar conectado com o que acontece ao redor, porque as tendências mudam muito rapidamente. Ontem foi de uma maneira, hoje está de outra e amanhã pode não ser aquilo que esperamos. Não temos tempo para criar estereótipos”, pontua Hilaine.
Quebra de estereótipo
O novo olhar e entendimento de poder que o consumidor tem atualmente o permitem tomar decisões que o façam se sentir inserido em um estilo de vida ao qual ele aspira. Isso significa comprar e usar diversos produtos para alcançar aquilo que ele deseja ser. Pode recorrer a uma marca de esportes de aventura, caso deseje aproveitar a natureza, ou pode pagar mais caro por uma sessão de cinema com direito a champanhe, se quiser se sentir em um ambiente de luxo.

Tais escolhas não dizem que ele é praticante de atividades radicais ou seja da Classe A, mas que pode decidir sobre o que fazer com o seu dinheiro. “As pessoas realmente vivem em um shopping center de opções de quem querem ser. O consumo expressa ordenação e classificação no mundo e os usos é que vão servir como inclusão ou exclusão. Por isso, a pergunta não é quanto ele ganha e, sim, quanto sobra para gastar. A partir disso, quais são as escolhas dele? Isso é o que o Marketing precisa saber”, conta Hilaine Yaccoub.
Entendendo esse princípio, as marcas podem ganhar novas possibilidades de inovar em suas ações. “No Complexo do Alemão, favela aqui no Rio de Janeiro, existe um bar que serve cervejas premium e importadas para os frequentadores. O jazz era a música tocada no local, sem receber muita atenção dos clientes. O comportamento dos presentes mudou assim que começou uma canção da Lauryn Hill. Eles não queriam jazz. É esse pensamento que precisa ser rompido: achar que quem consome determinado produto gosta das mesmas coisas. É importante estabelecer uma conexão e se enxergar como aquela pessoa”, afirma a especialista em Antropologia do Consumo.
Desafios
Pensar em ações e conhecer o consumidor do produto demanda um olhar apurado das áreas de criação e pesquisa, principalmente para entender as maneiras com que a marca transita entre os grupos de consumidores. A visão sobre os moradores das favelas, por exemplo, cai no estereótipo de que gostam dos mesmos itens, marcas, músicas, áreas de lazer, quando há diversos estilos entre os que vivem ali. O mesmo ocorre com a visão a respeito do carioca, muitas vezes voltada ao lifestyle de vida praiana e descolada.

Insistir em modelos como esse é negligenciar o cliente e o que de fato importa para ele. “As fronteiras estão se diluindo e se reconfigurando. Criar ações de dentro do ar-condicionado, fazendo planejamento para pessoas que você sequer conhece, partindo do olhar do seu umbigo, é o caminho para o fracasso. Precisamos pensar em cultura, grupos de família, situações como mobilidade urbana, ambientes normativos, questões transculturais e subculturais. Antes de criar estratégias ou planos, ouça quem está a sua volta e preste atenção na conversa ao lado. Faça um clipping de ideias”, afirma Hilaine.
Antecipar o comportamento de consumo é algo arriscado e que pode contar com imprevistos, mas, para aqueles que analisam todas as representações culturais e de entretenimento, essa estratégia pode se tornar mais fácil. Um exemplo são as redes pessoais, que existem antes mesmo da internet. A economia de compartilhamento é anterior a empresas como Airbnb (mercado comunitário para pessoas anunciarem, descobrirem e reservarem acomodações para hospedagem ao redor do mundo) e Uber.
Roupas, objetos e alimentos circulam entre diferentes pessoas, que não necessariamente pagaram por aquilo ou os escolheram por causa de uma propaganda. “Muitas vezes o poder não está na marca, como algumas agências pensam, mas na escolha que o cliente faz. Como quando alguém compra uma roupa barata e recebe um elogio. Ele nem cita o nome da marca, mas diz quanto custou, agregando valor à escolha que fez”, conclui Hilaine.
Por Priscila de Oliveira para o Mundo do Marketing


segunda-feira, 25 de abril de 2016

Qual o melhor horário para compartilhar informações nas redes sociais?

Cada vez mais as redes sociais são utilizadas pelas empresas para divulgar seus produtos e serviços. Os especialistas em redes sociais sabem muito bem que hoje em dia não basta apenas ter uma página no Facebook, ou ter uma conta no Linkedin.

Os usuários de redes sociais estão cada vez mais interessados em conteúdo, e é conteúdo diferenciado e diversificado que as empresas precisam oferecer para que os internautas interajam com sua marca. Contudo, a maturidade brasileira em relação as redes sociais está trazendo também experiência em relação ao funcionamento das redes e de seus usuários. Não basta apenas produzir um conteúdo exclusivo para sua página no Facebook, bolar estratégias de envio de tweets ou lançar alguma ação promocional de sua empresa no Linkedin se estas ações não forem feitas quando há um grande volume de internautas nas redes sociais.


É claro que elas podem acontecer, podem dar certo. Mas é obrigatório para todos que hoje em dia utilizam as redes sociais como ferramenta de divulgação de sua marca, ou serviço, ou ainda, produto, saberem quais são os horários mais movimentados da internet nas redes. Confira então algumas dicas para se dar bem nas redes sociais e fazer com que sua mensagem atinja a maior quantidade de usuários:


Twitter : Audiência em horário comercial




O microblog que ganhou o mundo virou ferramenta obrigatória de marketing para toda empresa que deseja marcar sua presença nas redes sociais. Foi divulgado recentemente um estudo feito sobre a audiência no twitter no Brasil. Este estudo foi feito baseado em informações coletadas durante o ano de 2010, e utilizou como referência apenas tweets de perfis nacionais, o que permite ao estudo um maior nível de proximidade com a realidade do nosso país. Foram identificados duas faixas de horários consideradas como picos no twitter. Seriam, fazendo uma comparação com a televisão, o “horário nobre” do site. O primeiro, e com maior volume de mensagens distribuídas durante o dia, é o horário das 14h às 16h. A segunda faixa nobre do twitter é no horário da noite, das 20h ás 22h. O estudo levantou ainda um dado interessante: ao todo, mais de 50 milhões de tweets no mundo todo diariamente. Outro dado interessante sobre o twitter são os das de mais movimento no site. Segundo dados divulgados de outro estudo, desta vez em nível mundial, o twitter tem o maior número de mensagens enviadas são s terças e quartas-feiras. Os dados podem ter uma explicação, que está fora do ambiente virtual e dentro dos ambientes de trabalho das pessoas. Sim, porque o estudo comprova que grande parte das pessoas twittam durante o horário comercial. Como segundas e quintas-feiras são tradicionalmente os dias mais “corridos” no trabalho, as pessoas concentram suas atenções nas redes sociais nas terças e quartas-feiras. Outro dado interessante em relação ao twitter é a baixa de audiência nas sextas-feiras e aos domingos, dois dias tradicionais como sendo “dias nobres” da internet de um modo geral, o que reforça a presença do twitter nos ambientes de trabalho.


Facebook: Quem cedo madruga...



Quando fazemos análises referentes aos estudos divulgados sobre os horários de maior audiência do Facebook encontramos algumas semelhanças em relação ao twitter. Uma delas é o maior número de acessos nos dias de semana , comparados aos finais de semana. Claramente as pessoas que possuem perfis empresariais estão mais presentes na rede durante o horário comercial, enquanto os perfis pessoais ganham mais espaço aos finais de semana. Mas como no Facebook muitas vezes as páginas estão vinculadas a perfis pessoais, um acaba puxando o outro. O resultado são três horários com picos de acessos: 11h, 15h e 20h, sendo que o horário de maior audiência é o da tarde, mais especificamente nas quartas-feiras. Mas esses dados não são suficientes para garantir que suas atividades tenham um número realmente efetivo de interações no Facebook. O estudo mostra que, diferentemente do twitter, as respostas no Facebook não são tão imediatas. Ou seja, para você atingir o maior número de público, você precisa se antecipar aos horários de picos. O estudo aponta claramente que as atividades com mais interação durante os horários de maior volume durante a tarde foram postadas pela manhã, mais precisamente nas primeiras horas da manhã comercial, das 8h às 9h. Isso porque o sistema do Facebook vai dando prioridade para as atividades que foram ganhando relevância durante o dia.

Linkedin: Aproveite o horário do almoço!



O Linkedin é uma das mais novas redes sociais que ganharam relevância no Brasil. E sempre quando falamos em redes sociais é mais prudente falar em “relevância” do que”novidade”, já que todos os dias surge uma nova rede social, mas puçás realmente conseguem ganhar o mundo. O Linkedin já alcançou a marca dos 50 milhões de usuários no mundo, sendo 3 milhões destes estão no Brasil. Mas é no Brasil que o Linkedin mais cresce. No último ano, foram 428%. Ainda não existem estudos detalhados sobre a rede, mais alguns dados já podem ser constatados, e um deles é o horário de maior pico no site: 12h. Isso mesmo, é no horário do almoço que as pessoas mais acessam a rede profissional. Mas o que será que explica o fato da rede que deveria ser utilizada como rede profissional ser mais acessada no horário do almoço. A resposta não é conclusiva, mas um dos fatores pode estar relacionado justamente a ênfase que a rede dá na “troca de cartões”. Muitos profissionais podem se conectar com pessoas de empresa concorrentes, até mesmo bisbilhotar vagas de emprego que podem ser melhores do que o emprego atual do internauta, o que pode causar um certo constrangimento durante o horário de trabalho. A tese é reforçada quando observamos o segundo pico de horário do Linkedin: 20h, horário tradicional de chegada em casa após o expediente de trabalho.


Leia também: www.viverdeblog.com 

2 dicas para ampliar sua participação nas mídias sociais


Não são poucas as empresas que ainda lutam para criar um modelo de presença nas redes sociais que realmente criem um diálogo – em vez de publicar o velho blábláblá corporativo.


Não são poucas as empresas que ainda lutam para criar um modelo de presença nas redes sociais que realmente criem um diálogo – em vez de publicar o velho blábláblá corporativo. Quando olhamos o número de seguidores e conversas que as personalidades conseguem estabelecer, seu sucesso no Twitter, há de concordar que há muito por fazer. Veja o caso da MTV americana, que aproveitou seus bons números e se jogou na rede em 2010. Lembrete importante: para ter resultados, é preciso investimento financeiro e no capital humano, bem como suporte de uma liderança disposta a assumir os riscos e lidar com os erros. 

1. A empresa inteira está envolvida e há investimentos. Não adianta apenas a diretoria acreditar nas mídias sociais. É preciso que todos estejam envolvidos e acreditem que a rede ajuda a comunicar e conquistar audiência. O dinheiro também não pode estar apenas nos produtos (como o Twitter Tracker ou iPhone apps), mas também na mão de obra. Participar de conversas o dia todo, todos os dias é trabalho duro e intenso. Além de investir em recursos humanos, a MTV americana também tratou de ter as ferramentas de gerenciamento e acompanhamento necessárias para melhorar sempre e realmente aumentar e fortalecer sua comunidade. 


2. Estrutura inteligente e flexível Empresas em geral costumam se fechar em suas próprias bolhas e não fazem contato com nada além delas. Mídias sociais combinam elementos de várias áreas – marketing, relações públicas, assessoria de imprensa e distribuição de conteúdo, só para ficar no óbvio. As redes amplificam e fortalecem estas ações, mas são únicas. Por isso, é preciso criar uma estrutura inteligente em que todas as áreas trabalhem juntas. A equipe de mídia social tem que se manter fiel à sua estratégia, comprometida com a verdade e advogar pela comunidade. 





Blogueiros de moda como profissão

O acesso às plataformas de criação de conteúdo como WordPress, blogstpot, etc., fez que com mais e mais pessoas pudessem criar seu próprio conteúdo, dando suas opiniões e compartilhando suas ideias. Para algumas pessoas, isso se tornou um grande e lucrativo negócio, pois além da visibilidade alcançada, eles tem acesso e colaboram com variadas marcas de moda, escritores, designer, etc.

Um novo mercado surgiu a partir desse momento de autonomia de criação de conteúdo. Os blogueiros de moda passaram a ser formadores de opinião, influenciadores, definidores de tendência, e também, passaram a ter um papel importante na indústria da moda. Os formatos são diversos. Desde aqueles que postam diariamente o look que estão vestindo, até aqueles que preferem falar o look alheio ou da última novidade do mercado.

Se der “sorte”, o blogueiro pode se tornar uma verdadeira celebridade, como o caso da Camila Coutinho, do blog Garotas Estúpidas e o Kadu Dantas, do Blog do Kadu: são convidados para eventos badalados, desfiles nas maiores semanas de moda do mundo, programas de televisão e são solicitados para dar a opinião, afinal, eles tem uma proximidade com o consumidor muito maior que a marca, e isso não tem preço.


Agora, antes de se animar, vamos observar que todos esses que ficaram “famosos” como blogueiros de moda, são antes de tudo, excelentes em gerar conteúdo relevante e de qualidade. Embora, algumas marcas tiveram certa preocupação com essa onda de blogs de moda, o consumidor em algum momento vai querer saber da informação da fonte mais confiável: da empresa. Porém, se você é aquele que quer mais dinamismo, quer saber o que acontece quase em tempo real , corra para um blog. 

CASE PROFISSÃO BLOGUEIRO DE MODA






Fonte:http: www.eliangallardo.com.br